As pesquisas das principais indústrias de cosméticos do mundo indicam que, quando o assunto é beleza, a maior preocupação das mulheres brasileiras é o cabelo. No futebol, entre os homens, não é diferente. Os penteados tomam o tempo e são o melhor termômetro para medir o grau de vaidade dos boleiros, mas não o único. Muitos também não dispensam cremes, perfumes e até fazem a sobrancelha no melhor estilo metrossexual.
Se a juba é prioridade, vale tudo para deixá-la intacta. Cortes com topetes, raspados ou arrepiados, milimetricamente alinhados (ou desalinhados) com ajuda de sprays, gel, pomadas e cremes. Um verdadeiro arsenal de produtos com promessas cada vez mais mirabolantes.
O moicano tem dominado a cabeça dos jogadores pelos gramados do país. O corte de cabelo indígena, popularizado com o movimento punk na década de 80, caiu nas graças dos boleiros impulsionado pelo inglês David Beckham, vaidoso nato que lançou moda na Copa de 2002. Hoje o estilo é imortalizado por Neymar.
A maior joia do futebol nacional adotou o corte aconselhado por um amigo e nunca mais se desvencilhou dele. Já fez até suas adaptações e criou o "moicatrança". O jovem é copiado por milhares de crianças, adolescentes e até colegas de profissão. O atacante Leandro, do Grêmio, admite que vai ao cabeleireiro semanalmente só para ficar parecido com o santista.
Neymar também é a maior prova de que a preocupação dos jogadores em ficarem bonitos nas fotos e atraentes para as mulheres superam o cabelo. Antes discreto, com o visual básico da cabeça raspada, ele já usa tatuagem falsa em treinos, roupas de grife, acessórios chamativos e até cremes hidratantes da marca Victoria’s Secret, há pouco tempo popular só entre as mulheres.
O santista faz parte do grupo que costuma dar chá de cadeira nos jornalistas depois dos treinos. Afinal, se recusa a conceder entrevistas antes de tomar um longo banho. Outro que não pode reclamar da demora de sua esposa é o cruzeirense Thiago Ribeiro, que tem trabalho para deixar seu cabelo em um arrepiado perfeito. O ritual se repete com Richarlyson no Atlético-MG.
"Gosto de estar na moda, me sentir bem, estar bem vestido, isso faz parte da minha vida. Gosto de me sentir bem comigo", admite o volante, que prefere não falar sobre o assunto, mas denuncia a própria vaidade com relógios e óculos bem chamativos.
A busca pela perfeição às vezes é tão grande que chega a disseminar uma prática bastante ligada às mulheres em um meio tão masculino. Os boleiros superam a dor e encaram as pinças para fazerem as sobrancelhas. Fernandinho, do São Paulo, e Leandro, do Grêmio, são alguns deles.
Nem todos admitem a mania e guardam segredo de Estado. Mas nos bastidores, especula-se que Fred, do Fluminense, e o são-paulino Casemiro também são adeptos das sobrancelhas perfeitas para deixar o rosto mais leve e harmonioso. Prova de que imagem pode não ser tudo, mas é cada vez mais importante no futebol.
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