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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Paulo Arthur pede licença, e Osmar Baquit assume o Fortaleza


Paulo Arthur pede licença, e Osmar Baquit assume o Fortaleza

A crise no Fortaleza fez a primeira vítima. Um dia depois da derrota por 1 a 0 para o Crato, pela 10ª rodada do returno do Campeonato Cearense, resultado que praticamente elimina o time da competição, o presidente Paulo Arthur pediu licença por 90 dias e, depois, deverá renunciar ao cargo. Com isso, o deputado estadual Osmar Baquit, que era o vice de Paulo, assume o comando do Tricolor.
Divulgação
(Divulgação)
Osmar Baquit assume presidência do Leão
Os últimos dias de Paulo Arthur no comando do Leão foram bastante agitados. Na semana passada, a renúncia do empresário já era bastante especulada, depois que ele fez gestos obscenos à torcida durante um protesto na sede do clube. Na última segunda-feira, Paulo Arthur afirmou que iria tentar a contratação do atacante Marcelo Nicácio, do Ceará. O mandatário alvinegro e seu amigo, Evandro Leitão, rebateu e deu várias alfinetadas no dirigente tricolor. Após a derrota para o time do Cariri, na última quarta-feira, a torcida protestou, no Estádio Domingão, com gritos de "não é mole, não! Diretoria acabou com meu Leão!". Vários dirigentes, inclusive Paulo Arthur, saíram escoltados pela polícia.
Presidente e torcedores, aliás, não já falavam a mesma língua há algum tempo. A campanha do time no Estadual, a divisão do Castelão com a torcida do Flamengo, no jogo pela Copa do Brasil, e a renda apresentada, a quase perda da "gaiola" no último Clássico-Rei antes da reforma do Castelão e a divulgação de uma foto com a camisa do São Paulo, além dos gestos obscenos, desgastaram a relação entre os tricolores e Paulo Arthur.
Para esclarecer os motivos da renúncia, Paulo Arthur concederá entrevista coletiva nesta quinta-feira, no Pici. Osmar Baquit também deverá estar presente.
Renúncia "disfarçada"
No final de 2009, o então mandatário Lúcio Bomfim, bastante pressionado pela torcida para renunciar, tomou atitude igual à de Paulo Arthur e se licenciou. A presidência do Leão, na ocasião, ficou sob o comando de Renan Vieira. Seis meses depois, Alberto Lúcio Pereira Sales foi eleito o vice tricolor. Vale lembrar que o Estatuto do clube diz que, em caso de vacância na presidência, o novo mandatário deve convocar eleições para vice em um prazo de 30 dias, no máximo. Ou seja, em 2010, Renan Vieira não seguiu o Estatuto à risca.
O atual quadro, porém, é diferente. Como Paulo Arthur tem apenas três meses à frente do clube, existe a dúvida, devido ao Artigo 65 do Estatuto, se Osmar Baquit poderá ficar na presidência até o fim do pedido de licença de Paulo Arthur ou se será necessária a realização de uma nova eleição para presidente.
Por coincidência, em 2009, o empresário Paulo Arthur Carneiro Magalhães, eleito presidente do Fortaleza no dia 24 de outubro de 2010, era diretor financeiro de Lúcio Bomfim. Com a renúncia deste, Paulo preferiu sair, já que a relação com Renan Vieira não era das melhores. E a situação pode se repetir agora. É provável que dois ou três diretores deixem o Tricolor, a exemplo do mandatário. Um deles pode ser o diretor de futebol José Rocha, o Rochinha.

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