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sábado, 12 de março de 2011

Esporte

[Opinião] Respeito à regra

11 de Março de 2011 16:04
Por Mauro Beting, colunista do Yahoo! Esportes
Quando a arbitragem acerta ao acrescer o tempo desperdiçado por lesões, simulações, alterações e celebrações, as más línguas enxergam armações ilimitadas como o relógio que seria adiantado até o resultado pretendido pelos grandes. Não é o que aconteceu na final do turno do RS-11. O segundo tempo entre Grêmio e Caxias pedia os primeiros seis minutos de acréscimo e mais os dois somados depois as tantas confusões de um grande duelo entre o Tricolor e o ótimo time do Caxias, que bravamente resistiu no Olímpico, e que iradamente não suportou o empate justo no fim. Quando a arbitragem apenas acresceu o que havia sido perdido. Quando o bom árbitro Marcio Guerra apenas compensou o que havia sido desperdiçado pelo time do Caxias e pelos fatos matemáticos e cronológicos.
Foto: Getty Images

A única discussão realmente que se pode ter é se o critério (correto) seria adotado se, ao final das contas (acertadas), quem tivesse sido beneficiado fosse o time de menor expressão e investimento. É a única maledicência que se pode extrair do caso.
No mais, é reclamação de adversário e de brasileiro que adora desconfiar de tudo. Ou bobagem de quem não viu o jogo como meu caríssimo amigo Milton Neves, que espalhou que eu (ou o meu perfil falso no twitter) havia criado uma montagem que mostrava o Grêmio sendo ajudado pelo apito. Algo exatamente o oposto do que penso e do que escrevo. E, mesmo que tivesse achado um exagero, jamais usaria a odiosa expressão apito amigo. Por mais que o Milton seja meu amigo, aqui ele não apita.
BOM RETORNO - A bola agradece ao retorno da forma do descansado Neymar e, sobretudo, a volta aos campos de PhD Ganso.
MESSI - O meu papo neste espaço é para falar de futebol brasileiro. Tem gente mais qualificada para falar da bola que rola pelo planeta. Mas quero falar um pouco mais desse patrimônio planetário. Tentemos não ser clubistas, bairristas e patriotas de coturnos e focinheiras. Mas o Messi é demais. Abro o jogo: o Barcelona tem sido o melhor time que vi jogar na vida (desde 1972). Lionel Messi é o maior jogador que vi neste mundo - E.T. Pelé é de outro planeta. Encerro meu caso.
Mas o Barça parece distante de fechar qualquer história. Pode até não ganhar a Liga dos Campeões, como quase parou diante de um Arsenal que também emula o estilo e a escola da turma de Guardiola. Mas os rivais pareceu mulas empacadas quando precisam jogar ao menos para empatar contra a finíssima banda do Barça.
Um time que não é só Messi. É Iniesta. É Xavi. É Villa. É espírito, é entrosamento, é tudo de lindo que existe no futebol. Inclusive na imprevisibilidade da derrota. É o que faz o futebol tão gostoso quanto se divertir com a troca de bola culé, com o show de bola pé a pé, e com aquele baixinho infernal. Gênio que, aos 23 anos, já fez e tem feito mais que Maradona, na mesma idade (em 1983).
Pela cabeça, pelo caráter, pela seriedade, pelos companheiros de clube, pelos 11 anos de Catalunha, pela compleição, pelo profissionalismo, pela alegria de seu jogo, pela felicidade que transborda, finta e borda, Messi irá ainda mais longe. Não só porque joga demais, como nenhum outro que vi no Barça, na Argentina e no mundo. Mas porque todo o planeta o reverencia e o quer bem. Até os que desejam o mal a ele. Até os que em vão tentam pará-lo a botinadas, pancadas ou a tiros.
Repare. Além de não se machucar, ninguém parece machucá-lo. Ninguém quer. Quando alguém o derruba, algo raro, quando alguém o segura, algo que tem sido impossível, o infrator é o primeiro a estender a mão para erguê-lo. Quando não aplaudi-lo.
Até nisso Messi é um exemplo aos poucos que jogam muito e se jogam demais pelo campo. Craques ou promessas que adoram se fazer de vítimas e que amam fazer os rivais odiá-los. Messi é outro tipo de jogador. Muito acima dos que hoje jogam. E, pelo jogado, e pelo muito que ainda lhe resta, será único neste mundo.
Sei que já babei bola por Ronaldinho Gaúcho, Zidane, Ronaldo, Romário. E, agora, ainda que com críticas, por Neymar e outros mais. Mas Messi, se não se machucar (porque não tem jeito que vai se macular pela vida fácil), vai ser mais que todos - se já não é.
Alguém vai lembrar que ele ainda não ganhou uma Copa com Diego. Fato. Como Maradona foi campeão como pessoa física em 1986. Com 25 anos. Algo que Messi poderá fazer no seu provável auge em Mundiais. Aos 26 anos. No Maracan... Vou parar por aqui. Já avancei muitos sinais. E torço, neste caso, para errar mais um.
E DAÍ - Messi (ainda) não ganhou Copa do Mundo? Sim. Mas o time abaixo também não.
Cruyff. Di Stéfano. Puskás. Eusébio. Zico. Zizinho. Platini. Leônidas da Silva. Domingos da Guia. Falcão. Pedro Rocha. Van Basten. Rivera. Yashin. George Best. Moreno. Franco Baresi. Elías Figueroa. Baggio. Rummenigge. Ademir da Guia. Coluna. Gullit. Sócrates. Julinho. Boszik. Luisito Suárez. Stanley Matthews. Reinaldo. Careca. Carrizo. Kopa. Sindelar. Masopust. Ocwirk. Giresse. Seeler. Facchetti. Valentino Mazzola. Mazurkiewicz. Cech. Lato. Gento. Jair Rosa Pinto. Neeskens. Cerezo. Keegan. Maldini. Dassaev. Kocsis. Friedenreich. Raúl. Spencer. Arsenio Erico. Francescoli. Sívori. Labruna. Luís Pereira. Néstor Rossi. Tesourinha. Cubillas. Giggs. Boniek. Pedernera. Dirceu Lopes. Sandro Mazzola. Figo. Gigi Riva. Júnior. Hidegkuti. Kubala. Zamora. Stoichkov. Hagi. Verón. Tigana. Eto'o. Cantona. Blokhin. Weah. Drogba. Canhoteiro. Ademir de Menezes. Suker. Michael Laudrup. Bergkamp. Boniperti. Riquelme. Fontaine. Romeu Pelicciari. Deyna. Valderrama. Hugo Sánchez. Nedved. Leandro. Evaristo de Macedo. Nordahl. Schmeichel. Rincón. Fausto. Pagão. Heleno de Freitas. Danilo Alvim. Bauer. Bettega. Barbosa. Khan. Bernabé Ferreyra. Savicevic. Litmanen. Nelinho. Oscar. Renato Gaúcho. Edmundo. Djalminha. Dario Pereyra. Dalglish. Dzajic. Skoglund. Dennis Law. Simonsen. Gamarra. Marinho Chagas. Scholes.
E aí?
Foto: divulgacao

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