Esporte

Rivaldo: 'Se eu fosse carioca, talvez teria despedida'

Meia do São Paulo disse que, por ser carioca, o amigo Ronaldo terá privilégios na despedida

Rivaldo e Ronaldo levantam a taça da Copa do Mundo-2002, no Japão - (Foto: Reuters)

LANCEPRESS!
Publicada em 22/03/2011 às19:25
São Paulo (SP)

O meia Rivaldo, camisa 10 do São Paulo e durante muito tempo também da Seleção Brasileira, disse nesta terça-feira que o ex-atacante Ronaldo Fenômeno tem o privilégio de um jogo de despedida com a Amarelinha por ser carioca.

Rivaldo, que não faz questão de um jogo de despedida, afirmou que muitos outros jogadores fizeram mais história do que ele e, ainda assim, não tiveram despedida da Seleção, principalmente tão rápida como a de Ronaldo. O ex-atacante anunciou sua aposentadoria em fevereiro e, no mês seguinte, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, já tinha fixado sua despedida da Seleção para o dia 7 de junho, contra a Romênia, no Pacaembu.

- Tenho vontade não. Ronaldo é Ronaldo, Rivaldo é Rivaldo. Ele tem o privilégio de ser carioca, eu não tenho. Talvez, se eu fosse carioca teria jogo de despedida - declarou o meia.

- Se eu for convidado, estarei lá, o Ronaldo é meu amigo. Mas senão, tudo bem. Meu trabalho é o São Paulo, não me preocupo com isso. Existiram outros jogadores que fizeram mais do que eu e não ganharam esse privilégio, pelo menos não tão rápido - completou.

Pernambucano, Rivaldo disse, em seguida, que situações como essa no futebol não são agradáveis.

- São coisas que a gente fica chateado, mas é viver esse momento que estou vivendo. Estou feliz, vou fazer 39 anos e venha cada dia mais feliz para treinar. Não me preocupo com isso - afirmou.

- Na Seleção, fiz muito bem meu papel e a Seleção fez comigo, então despedida não vai fazer diferença - completou.

Mais tarde, o jogador, com passagens por Barcelona (ESP) e Milan (ITA) e eleito melhor jogador pela Fifa em 1999, disse que não sente mágoa da CBF ou de quem quer que seja, mas voltou a dizer que Ronaldo recebe privilégios por ter nascido na mesma cidade da sede da entidade máxima do futebol brasileiro.

- Quem falou que tenho mágoa? Meu coração é limpo. Tive o privilégio de jogar duas Copas do Mundo, só tenho a agradecer a CBF. O que eu disse é que o Ronaldo é carioca e a CBF é lá no Rio. Eu não tenho homenagem e nem quero - finalizou o meia.