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terça-feira, 22 de março de 2011

Esporte

Técnicos agitam o mercado

A semana ganhou uma agitação inesperada no mercado dos técnicos de futebol. E mais uma vez fica escancarada a falta de profissionalismo e racionalidade com que os clubes tratam suas questões – a relação com os seus funcionários principalmente.
A saída de Muricy Ramalho do Fluminense abriu a temporada de movimentações no tabuleiro. O técnico alegou o não cumprimento de promessa para melhorar a estrutura de trabalho no clube – realmente lamentável, como o próprio presidente da agremiação confirmou e as imagens mostraram. Mas parece claro que não foi só isso o que fez cair o técnico quatro vezes campeão brasileiro nas últimas cinco temporadas. A ingerência política do patrocinador ajudou, porque muitos das estrelas do patrocinador não vinham jogando. Talvez se a equipe estivesse bem na Libertadores, Muricy tivesse esperado um pouco mais. Preferiu sair antes que caísse em seu colo a eliminação na primeira fase. Devolveu ao clube o pouco profissionalismo com que foi tratado.
O Santos resolveu demitir Adilson Batista depois de apenas 11 partidas no comando. Assunto já comentado no blog. Depois de duas ou três vitórias de Marcelo Martelote, os dirigentes do clube se juntaram aos atletas para elogiar o inexperiente treinador. Mais: levaram junto boa parte da mídia. Parecia que mais uma vez a vontade desse jovem grupo de jogadores prevaleceria, como já acontecera na saída de Dorival e, aparentemente, também na de Adílson. Mas bastaram duas derrotas, pouco futebol, para que o Santos mudasse de ideia para dizer que está em busca de um profissional com mais rodagem, e a “escolha óbvia é Muricy Ramalho”, como declarou o presidente do clube. Até a semana passada Martelote não era “o cara”?
Hoje foi a vez de Joel Santana deixar o Botafogo, depois de mais de um ano. Saiu porque não suportou as vaias da torcida na derrota no clássico contra o Vasco. Parece que Adílson Batista, renegado por Corinthians e Santos, é o nome da vez para “salvar” o Botafogo. Tudo bem, Joel pediu pra sair. Mas será que houve respaldo da diretoria para que ele continuasse? Será que com o elenco que tem o Botafogo poderia fazer muito mais do que fez sob o comando de Joel? Nem sou dos maiores fãs do trabalho dele (embora seja uma figura humana das melhores), mas se até outro dia era tratado com todas as honras pelos botafoguenses, por que agora é escorraçado como se fosse o culpado de tudo? Parece que a diretoria jogou pra torcida e, como as outras, agiu com pouco profissionalismo. Afinal, o time é só mediano e não tem muita chance de vôos muito mais altos do que ganhar um estadual ou conquistar algum brilhareco na Copa do Brasil.

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