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terça-feira, 7 de junho de 2011

Presidente do Serrano é absolvido em julgamento no TJD/BA

Auditores entenderam que não ficou provado que Hebert Andrade prometeu ou deu dinheiro a adversário

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Hebert Silva Andrade Júnior, presidente do Serrano, clube baiano de Vitória da Conquista, saiu ileso do julgamento realizado na última noite, no dia 6 de junho, na sessão da Segunda Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia (TJD/BA). O dirigente, acusado de oferecer dinheiro a jogadores de outro clube na última rodada da fase de classificação do Estadual, foi absolvido de forma unânime. A Procuradoria do tribunal baiano ainda pode recorrer ao Pleno do TJD/BA e ainda ao STJD
A denúncia se deu após inquérito para investigar uma entrevista do presidente do Juazeiro, Eládio Magalhães, ao site Galáticos Online, em que ele revela que o presidente do Serrano teria oferecido um incentivo extra de R$ 6 mil para o Juazeiro buscar a vitória na última rodada. A revelação aconteceu após o jogo entre Juazeiro e Camaçari, que terminou empatado por 1 a 1 no estádio Adauto Morais. O resultado beneficiou o Serrano na disputa com o Camaçari por uma vaga na próxima fase.
O relator do processo, o auditor Cristiano Augusto Rodrigues Possídio, destacou alguns pontos em seu voto para absolver o dirigente denunciado no artigo 242 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, no qual prevê infração o fato de “dar ou prometer vantagem indevida a membro de entidade desportiva, dirigente, técnico, atleta ou qualquer pessoa [...] para que, de qualquer modo, influencie o resultado de partida, sob pena de eliminação e multa que pode variar de R$ 100 a R$ 100.
Em primeiro lugar foi questionado o fato de que a Procuradoria, ao entender que houve mesmo uma infração no fato investigado, não ofereceu denúncia contra os demais participantes, como o presidente do Juazeiro e seus jogadores. Além disso, Cristiano Possídio questionou se a “mala branca” é mesmo uma conduta que possa vislumbrar infração ao CBJD.
“A ‘mala branca’, no meu modesto entendimento, situa-se no terreno da ética profissional, diferentemente da ‘mala preta’, ou seja, vantagem oferecida para que os atletas façam ‘corpo mole’ ou entreguem o jogo, aí sim, influenciado no resultado da partida”, disse o relator do processo.
Em campo, o Serrano foi beneficiado com o empate entre Juazeiro e Camaçari e ainda chegou longe no Estadual. O time de Vitória da Conquista foi semifinalista da competição, tendo sido eliminado pelo Bahia de Feira, que acabou sagrando-se campeão baiano.

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