Tchau, Hélio!

O que há algum tempo já vinha sendo escrito em sua testa, agora está estampado em neon: Hélio dos Anjos está demitido do cargo de treinador do Sport.
O presidente rubro-negro, Gustavo Dubeux, está no Leste Europeu, mas já deu o aval para o bilhete-azul, que será oficialmente comunicado nesta segunda-feira.

Fim de uma passagem “empanzinada” de palavras e nenhum resultado.
Hélio, que voltou à Ilha – conclamado pela torcida – como salvador da pátria, deixa o clube mais em baixa que barriga de calango.
Fracassou na conquista do hexacampeonato pernambucano.

Sobreviveu, mas não teve forças para suportar a impressionante rejeição rubro-negra, magoada pela perda do inédito titulo estadual e nauseada com o agonizante futebol apresentado pelo Sport neste inicio de Série B.
Porém, onde Hélio assinou seu epitáfio não foi em nenhuma dessas situações, mas sim em algo em que era reconhecidamente sagaz e competente: no comando!
Na Ilha, o treinador perdeu sua patente com o elenco…e não é de hoje!
As dispensas de jogadores queridos e que exerciam liderança dentro do grupo (como Dutra e Romerito) foram a gota d’água.
Sem dialogo, apostava nos resultados em campo para sobreviver, mas eles não vieram, muito pela sua insistência num desnorteado esquema de apenas um atacante, onde vários jogadores eram sacrificados.

Não só comprou briga com a torcida como também dirigentes, entre eles o ex-presidente Luciano Bicar, que o criticou publicamente, questionando o péssimo futebol da equipe que tem o elenco mais caro da Série B.
Hélio se manda e a direção do Sport assina o segundo recibo de incapacidade nesta temporada. Errou – e feio – nas duas escolhas que fez (a primeira, ao manter Geninho) e agora terá de partir para o terceiro treinador em seis meses.
Cuca, Adilson Batista, Gilson Kleina e Márcio Araujo já surgem como possibilidades.