Ronaldo: ídolo ou herói ?

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Ídolo:
Significado: s.m.(gr. eídom, imagem; simulacro, de eidos, forma).
1 Figura, estátua que representa uma divindade que se adora.
2 Fig. Pessoa pela qual se tributam louvores excessivos ou que se ama apaixonadamente. 3 Personalidade que desfruta de grande popularidade (artistas populares, esportistas e etc.).

Herói:
Significado: Nome dado pelos gregos aos grandes homens divinizados.Aquele que se distingue por seu valor ou por suas ações extraordinárias, principalmente por feitos brilhantes durante a guerra.Principal personagem de uma obra literária (poema, romance, peça de teatro etc.) ou cinematográfica.Principal personagem de uma aventura, de um acontecimento.

Analisando pelo significado, ao pé da letra , dá para afirmar que Ronaldo se encaixaria melhor como ídolo da torcida brasileira. Mas para torná–lo herói, basta lembrar que, como todo mocinho , ele superou algumas provações onde ninguém acreditaria que fosse possível se levantar e se tornar depois o principal personagem de uma conquista épica .

Ronaldo venceu a infância pobre e a falta de dinheiro para ir treinar no clube do coração. Persistente  (qualidade que ficaria marcada na carreira) passou a jogar no modesto São Cristovão, mais perto de casa e dos olhares da família. A partir daí a carreira decolou, e no Cruzeiro virou promessa. Nós baianos assistimos ao show dele contra o Bahia, com direito a um gol esquisito, e vimos que tinha faro pela rede e pelas câmeras. Ou você não lembra o que Ronaldo perguntou depois de roubar a bola de Rodolfo Rodrigues?  ”Você filmou aquilo?”

Depois veio o PSV, o Barcelona e a Seleção Brasileira, um capitulo a parte no crescimento deste herói.

Na amarelinha, em 1994, viu de perto outro mito do futebol chegar ao sublime: o título mundial depois de vinte e quatro anos . Ronaldo pegou gosto, talvez não pela fama, e sim por ser centro do mundo. Mas , como em toda carreira, primeiro veio a derrota e depois a glória. Esbarrou com a desconfiança e até com a má fé quando entrou apático na final da Copa do Mundo de 1998. Aí vieram as lesões e as frases: “ Já era. Ronaldo está acabado para o futebol.”

Nesta hora, apareceu o Fenômeno! Aquele capaz de superar o improvável.

Em 2002, o grande momento, a hora que ele ficaria na história do futebol, campeão do mundo. Quatro anos depois, Ronaldo chegou ao topo de novo. Na Alemanha, se tornou o maior artilheiro da história das Copas do Mundo com 15 gols.

Aí chegamos no dia sete de junho, de 2011. Últimas linhas desta história. Ronaldo se despede da seleção deixando perguntas: quem vai ser capaz de honrar a camisa nove? Um ídolo ou um novo herói?

Herói nos provoca a sermos melhores, e criar marcos que dificilmente vão ser quebrados. O ídolo nos deixa contente com uma glória ilusória que não leva ao ponto mais alto. E para onde Ronaldo nos levou?

À vitória , ao pentacampeonato, ao topo da lista mais cobiçada pelos grandes artilheiros. Sim, as derrotas existiram, mas como em toda boa história elas foram apenas capítulos e não o fim de um episodio.
 

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